quinta-feira, 19 de julho de 2007

but I'm a creep...

Se alguém sabe como prender a quem se quer, me ensine por favor.
Me ensine rápido, me ensine hoje.
Porque quem eu quero vai embora, e não pensa em ir só.
Existe alguém que é para quem eu quero, tudo que eu queria ser.
Não fui enganada. Não houveram ilusões.
Existe uma saudade, que chegou cedo. Que não vai embora.
Existe uma melancolia, que pra sempre vai me acompanhar.
De quem uma vez teve a felicidade batendo à sua porta, e não a convidou a entrar.
Que outra vez foi até à porta da felicidade, e não teve coragem de bater.
Agora me acompanha a cinza das horas, no escuro... Com o som do silêncio... E a memória...
Daquelas reticências que não são minhas... Do cheiro que nunca me pertenceu... Dos olhos que pra mim não olhavam por lembrarem-se de outros...
É tudo que levo comigo... É tudo que guardo, num canto de mim... É o que resta... É o que me cabe.... Daquilo que invade...
E fim...

Hello darkness my old friend, I've come to talk with you again...

sábado, 7 de julho de 2007

Tudo bem, tudo bom

A vida é uma caixa de surpresas.
Aquela uma boa, que me veio esses dias, já vai embora.
Não sei se somos opostos ou dispostos.
Um pouco de cada coisa? Pode ser.

Tudo em você me sugere dúvida. Cada coisa é envolvida por um mistério tão grande quanto aquele dos seus olhos negros. Ainda assim, é tão transparente...

Sinto saudades, hoje, já. Sentirei sempre. Daquilo que não foi feito para ser, mas mesmo assim aconteceu, por um breve momento existiu. Uma companhia rara, de real valor. A mente que porta um mundo intenso, o sorriso que cega os olhos...

Em mim restou aquela vontade que nunca será satisfeita, de que fosse eu, e não ela. Restou a lembrança boa, das várias poucas e incompletas noites, do perfume, dos olhos negros que fitam o chão, e do sorriso me fez fitar o além.

Quem sabe um reencontro não acontece? Outro? Não espero, mas não acharia ruim...
Enquanto isso, desejo a você o que sempre merecestes: uma vida feliz.

domingo, 1 de julho de 2007

I wish I was special...

Não estava perdido.
Nós que estávamos.
Um do outro.

Aquele perfume, para mim é eterno.
Esses olhos expressivos que você insiste em desviar dos meus.
A voz doce, as palavras, os gostos.

Horas curtas, dia pequeno.
Entre uma e outra dose.
Entre um e outro riso.

Entre um e outro metro da estrada, pela qual eu fui apreensiva, e voltei sorrindo.
Quase havia me esquecido sua habilidade para apagar as coisas ruins.
Enquanto eu quase, você e sua distração tão típica e quase infantil, acho que se esqueceu.

Ainda te faço lembrar de mim.
E esquecer dos outros.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Amor destrambelhado...

Tire suas roupas, seus sapatos, nossa vida louca...
Leve tudo embora, tudo.
Cansei de mentiras, sinceras ou não.
Cansei de inventar, amar por dois.
Vá, feche a porta, e não volte mais.
E a vida continua...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Esquadros perdidos...

Ontem eu perdi o que pensei ser o futuro...
Hoje reencontrei um passado que pensei perdido...
Uma vida passada pequena, que se fez grande na memória...
Entre isso e aquilo, perdi-me no tempo.

Pela janela do quarto, do carro, do escritório... As cores sem nome sumiram, e ainda não sei quem era ela... Eu agora não vejo... Não tenho controle, nem mesmo remoto...

Só a cinza de todas as horas...